terça-feira, 20 de setembro de 2011

A Era de Aquário

   A Era de aquário começará, segundo alguns astrólogos, em meados do século XXV, mas acredita-se que antes deve ocorrer uma transformação para inaugurá-la definitivamente, pois a humanidade atual sendo a Raça Ariana viverá um processo de aperfeiçoamento e desenvolvimento de todo o seu potencial espiritual, mental, emocional e físico. Para assim, então, desenvolver uma civilização maravilhosa. 

   Entretanto, temos que salientar que somente após os primeiros mil anos é que será o período realmente típico das características de Aquário. A terra que se encontra em uma idade mediana é um mundo para que as almas vivam suas experiências de aprendizagens. Os homens e todos os seres físicos mesmo quando morrem, seus espíritos voltam a encarnar e segundo o que fizeram em suas vidas. Assim, através de muitas vidas é que evoluem tal como em uma escola.

   A Era de Aquário e sua extensão, a Era de Capricórnio, serão Eras de perfeição e um tempo glorioso. Tempo esse em que começará o "Sabath" (tanto Aquário como Capricórnio são um Sabath microcósmico), um período de plena maturidade, luz e perfeição, no qual se passa o conhecido "Dia do Juízo Final", onde são julgadas as almas de um ciclo completo de 25920 anos (também conhecido com o Ano Platônico), pela última vez, semelhante a um exame final.

   Então os que entrarem neste Sabath das Eras de Aquário e Capricórnio serão as que farão parte do Esplendor da Raça Ariana (Em analogia com o Cristianismo podemos dizer quer que esse seria o Reino de Deus).
Ainda em Aquário nascerá a Sétima (e última) Família da Raça-Raíz* Ariana, também chamada de Família Sabática, composta por todos os sobreviventes e a partir de então, nas Eras seguintes, começarão a se firmar as bases para a Sexta Raça-Raíz, Coradhi.

*A vida que evoluiu e involuiu em um antiquíssimo planeta, que hoje é a nossa desolada Lua (chamada também de Terra-Lua ou Terra-Selene), reencarnou-se no planeta Terra. Aqui, numa nova etapa,  deverá evoluir e involuir, formando ao todo sete expressões civilizatórias, chamadas esotericamente de “7 Raças-Raízes”

sábado, 3 de setembro de 2011

Eras Astrológicas

   Durante o tempo das diferentes Eras, os sucessos humanos tomam o curso das características do signo da constelação em que estão estacionados.

   Uma Era Astrológica é um período de tempo que corresponde ao deslocamento de 30° graus do eixo terrestre devido ao fenômeno que conhecemos por Precessão dos Equinócios, equivalente a um mês do Ano Platônico ou cilco equinocial, isto é, o período que a precessão da Terra demora para dar uma volta completa no zodíaco, o que ocorre aproximadamente a cada 26000 anos.

   A duração de cada era está relacionada com o tempo em que esta precessão equinocial tem sobre determinada constelação segundo o seu tamanho, pois não são regulares. Em geral cada era dura em torno de 2000 a 2300 anos, porém há constelações muito maiores como a de Virgem, por exemplo, na qual uma era duraria aproximadamente 3000 anos.


FASES DOS CICLOS:

   O Grande Ano Platônico de quase 26000 anos é na realidade, dentro de sua analogia obviamente, como um ano normal de 365 dias. Tem as mesmas fases análogas, estações, solstícios e equinócios.
O "Ano Ciclo" existe em escalas, em formas miscroscósmicas e em formas macrocósmicas, existe o Ano Tropical ou Ciclo Anual que marca o tempo de 365 dias onde o sol se move em aparência e marcam-se o tempo e ao final parece voltar para o mesmo ponto, existe também o Ciclo Diário, ou seja, o dia onde o sol se move em aparência ao redor da terra em 24 horas.
Nós realmente estamos rodeados de ciclos e ciclos dentro de ciclos. Inclusive existem ciclos maiores ao Ano Platônico; o Ano Galático que é o ciclo completo de nosso sistema solar ao redor da galáxia, o que ocorre entre 220 e 250 milhões de anos.

   Um ciclo consiste em quatro fases principais que afetam a evolução da consciência.
O Grande Ano Platônico não escapa a essa lei e manifesta as mesmas fases, o marcador é o Centro Galático que é como um sol maior. O Centro Galático nasce na Era de Leão, cresce na Era de Touro, esplendoreia-se na Era de Aquário e diminui na Era de Escorpião.

   Do signo de Câncer até Virgem é o nascimento da consciência, de Libra a Sargitário é o crescimento da consciência à planos superiores, posteriormente a consciência do espírito é plena e madura em Capricórnio até Peixes. Em Áries o espírito morre e encarna na materia novamente e sua consciência adormece ao vincular-se com seu crescimento material passando involucionariamente por Touro e Gêmeos.
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* A Era de Aquário

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

São Lúcifer

   Lúcifer de Cagliari ou Lúcifer Calatariano foi um Obsipo de Cagliari, na Sardenha, Itália. Viveu entre os princípios do século IV até por volta do ano 370 d.C. 

   Sua primeira aparição na história eclesiástica foi em 354 d.C. quando foi enviado pelo Papa Libério para solicitar ao imperador Constancio II para que o mesmo convocasse um concílio para tratar das acusações contra São Atanasio e sua prévia condenação. Este concílio foi realizado em Milão. Lúcifer defendeu ao Obispo de Alexandria (São Atanasio) com tanta paixão e em um tom de voz violento, que deu aos adversários do grande alexandrino um pretexto para o ressentimento e mais violência e assim causando uma nova condenação a Atanasio. Constâncio II, pouco acostumado à independencia dos Obispos maltratou ferozmente Lucifer e seu colega Eusébio de Vercelli. Lucifer foi então enviado exilado para a Siria e depois para a Palestina.

   Enquanto estava no exilio Lucifer escreveu uma carta intitulada "Ad Constantium Augustum pro sancto Athanasio libri", uma eloquente defesa da igreja ortodoxa, mas com uma linguagem tão exagerada que passou dos limites e do propósito ao qual deveria servir.

   Após a morte de Constâncio II em 361 d.C., Juliano o Apóstata permitiu a todos os exilados que voltassem às suas cidades. Lucifer foi então à Antióquia e de imediato se informou das divergências que dividiam o partido católico. Ele então se opôs ao obispo Melécio de Antióquia que passou a aceitar o Credo de Nicéia. Embora Melécio tivesse o apoio de muitos proponentes da teologia de Niceia em Antioquia, Lúcifer apoiou o partido Eustatiano, que tinha se mantido firme no credo de Niceia, e prolongou assim o cisma entre os melecianos e os eustatianos ao consagrar, sem licença prévia, um certo Paulino como bispo. Feito isso, ele retornou à Cagliari onde, formou uma pequena seita chamada "Os Luciferianos". 

   Esta seita pregava que todos os sacedotes que perteciam ao arianismo deveriam ser privados de sua dignidade, e que deviam ser excomungados os obispos que reconheciam os direitos dos hereges arrependidos. Ao encontrarem forte oposição, os luciferianos delegaram dois sacerdotes; Marcelino e Faustino, para apresentar uma petição, conhecida como "Libellus precum", ao imperador Teodosio, explicando suas queixas e reclamando proteção. O imperador então proibiu que os perseguissem. 

   Após morte de Lucifer, os luciferianos foram liderados pelo seu principal discípulo, São Gregório de Elvira.


LUCIFER COMO SANTO

   Uma capela na Catedral de Cagliari é dedicada à São Lucifer. Mas seu status como santo é tema de controvérsias.

   Jonh Henry cita em seu livro "Dictionary of Sects, Heresies, Ecclesiastical Parties, and Schools of Religious Thought":

   "A igreja de Cagliari celebrou a festa de um São Lúcifer em 20 de maio. Dois arcebispos da Sardenha escreveram contra e à favor da santidade de Lúcifer. A congregação da Inquisição impôs silêncio em ambas as partes e decretou que a veneração de Lúcifer deveria permanecer como está. Os Bolandistas defenderam este decreto da congregação... alegando que o Lúcifer em questão não é o autor do cisma, mas outro que teria sofrido martírio na perseguição dos vândalos"
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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Goetia (Ars Goetia)

   Goetia ou Ars Goetia, trata-se do primeiro grimório do século VXII, A Chave Menor de Salomão. Muito desse texto, entretanto, apareceu mais cedo, por volta do século XIV. A Goetia se baseia na tradição judaico-cristã na qual o rei Salomão de Israel fora presenteado com um sistema que lhe dava poder e controle sobre os principais demônios da Terra e todos os espíritos menores governados por eles. Assim, Salomão, e depois seus discípulos, teriam poderes sobrenaturais, como invisibilidade, sabedoria sobre-humana e visões do passado e futuro.

   A Goetia contém a descrição dos 72 demônios, os quais Salomão teria invocado e confinado em um recipiente de bronze selado por símbolos mágicos, assim obrigando os demônios a trabalharem para ele.
Segue abaixo a lista dos 72 demônios descritos em A Chave Menor de Salomão:

1. Baal 

2. Agares;
3. Vassago;
4. Samigina;
5. Marbas;
6. Valefor;
7. Amon;
8. Barbatos;
9. Paimon;
10. Buer;
11. Gusion;
12. Sitri;
13. Beleth;
14. Leraie;
15. Aligos;
16. Zepar;
17. Botis;
18. Bathin;
19. Saleos;
20. Pierson;
21. Marax;
22. Ipos;
23. Aym;
24. Neberius;
25. Glasya-Labolas;
26. Bune;
27. Ronove;
28. Berith;
29. Astaroth;
30. Forneus;
31. Foras;
32. Asmoday;
 
33. Gaap;
34. Furtur;
35. Marchosias;
36. Stolas;
37. Phenex;
38. Halphas;
39. Malphas;
40. Raum;
41. Focalor;
42. Vepar;
43. Sabnock;
44. Shax;
45. Vine;
46. Bifrons;
47. Vual;
48. Hagenti;
49. Crocell;
50. Furcas;
51. Balam;
52. Alloces;
53. Camio;
54. Murmur;
55. Orobas;
56. Gremory;
57. Ose;
58. Amy;
59. Orias;
60. Vapula;
61. Zagan;
62. Valac;
 
63. Andras;
64. Haures;
65. Andrealphus;
66. Cimejes
67. Amdusias;
68. Belial;
69. Decarabia;
70. Seere;
71. Dantalion;
72. Andromalius;


   O sistema de invocação é simples, embora construído de uma maneira a impressionar os participantes. Entre seus elementos mínimos temos:, A Varinha, O Círculo, o Triângulo, o Selo, o Hexagrama e o Pentagrama.

   A Varinha serve como instrumento coordenador expressando a
vontade do ocultista. O Círculo é traçado no chão e tem o propósito de proteger o mago.
O Triângulo é o espaço dentro do qual o espírito goético é invocado e confinado.
O Selo é individualizado para cada um dos 72 espíritos e supostamente serve de conexão entre o mundo físico e o espiritual. O Pentagrama e o Hexagrama por fim, são amuletos de proteção.
 
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domingo, 6 de março de 2011

São Cipriano, o feiticeiro

   São Cipriano de Antióquia (não confundir com São Cipriano, o bispo de Cartago) viveu no século III d.C.. 

   O relato mais conhecido sobre sua vida é de que ele nasceu em Antióquia (uma antiga cidade erguida na margem esquerda do rio Orontes, uma região entre a Síria e a Arábia, pertecente a Fenícia). Filho de pais pagãos e possuidores de grandes riquezas, foi um homem de grande conhecimento cultural adquirido em muitas de suas viagens e chegou a ser um profundo conhecedor de magia. 

   Desde sua infância foi induzido aos diversos estudos da feitiçaria e ciências ocultas, entre elas a alquimia, astrologia e adivinhação. Depois de muito conhecimento acumulado ao longo de todas as suas viagens por Grécia e Egito, aos 30 anos de idade Cipriano chega à Babilônia com o intuito de aprender a cultura ocultista dos Caldeus. 

   Nessa época ele conheceu a Bruxa de Évora, com a qual teve oportunidade de intensificar seus estudos e aperfeiçoar sua técnica da premonição. Depois da morte Évora, seus manuscritos ficaram com Cipriano e lhe foram de grande proveito. O feiticeiro dedicou-se arduamente e se tornou conhecido, respeitado e temido onde quer que fosse. 


CONVERSÃO AO CRISTIANISMO 

   Em Antióquia viva um linda jovem chamada Justina. Seus pais a educaram segundo as tradições pagãs. Mas, ouvindo as pregação do diácomo Prailo, Justina se converteu ao cristianismo, se dedicando muito as orações, consagrando e preservando sua virgindade. 

   Um jovem rico chamado Aglaide se apaixona por Justina e os pais da moça, agora já convetidos à fé cristã, concedem a mão da filha ao seu pretendente. Justina, no entanto, não aceitou casar-se e então Aglaide recorreu a Cipriano para que o feiticeiro usasse seus poderes de modo que a donzela abandonasse seus votos de fé e se entregasse ao matrimônio.

   Cipriano induziu Justina à tentações demoníacas, utilizando um pó que despertaria a luxúria, ofereceu sacrifícios aos demônios e empregou várias obras malígnas. Porém, não obteve resultado, pois Justina defendia-se com orações a Deus e sinais da cruz. A ineficácia dos feitiços diante da resistência da moça, fez com que Cipriano se desiludisse profundamente perante sua fé pagã e se voltasse contra o demônio. 

   Influenciado por Eusébio (um amigo cristão) o bruxo se converteu ao cristianismo, chegando inclusive ao ponto de queimar seus manuscritos de feitiçaria e distribuir seus bens aos pobres. 


MORTE 

   As notícias da conversão e das obras cristãs de Cipriano e Justina chegaram ao imperador romano, Diocleciano, que se encontrava na Nicomédia. Assim, foram perseguidos, presos e torturados. 

   Diante do imperador viam-se forçados a negar a fé cristã. Justina foi chicoteada e Cipriano açoitado com pentes de ferro, porém não cederam. Furioso com a resistência dos dois, Diocleciano os lançou numa caldeira em chamas. Os mártires, no entanto, não renunciaram e tampouco transpareciam sofrimento. 

   O feiticeiro Athanásio, que havia sido discípulo de Cipriano, julgou que todas as torturas não sortiam efeito devido a algum feitiço lançado pelo seu ex-mestre. Na tentativa de desafiar Cipriano e elevar a própria moral, Athanasio invocou os demônios e atirou-se na caldeira. Seu corpo foi dizimado pelo calor em poucos segundos. 

   Após este fato, Diocleciano finalmente ordenou a morte de Justina e Cipriano. Eles foram decapitados às margens do rio Galo, na Nicomédia. Seus corpos ficaram exposto por 6 dias até serem recolhidos por um grupo de cristãos e os levaram à Roma. 

   Durante o império de Constantino, os restos mortais foram enviados para a Basílica de São João Latrão. 


LIVRO DE SÃO CIPRIANO 

   É um grimório publicado em vários países, contendo rituais de magias branca e negra. O Livro de São Cipriano, é hoje, uma verdadeira coleção, mas, na verdade, São Cipriano escreveu apenas um: Livro de São Cipriano de Capa Preta, o único a conter a legítima oração da Cabra Preta. 

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sábado, 5 de março de 2011

O Evangelho de Judas


   O Evangelho de Judas foi escrito provavelmente durante o século II. O mesmo estava desaparecido, mas durante a década de 1970 foi encontrado no Egito um códice cóptico (supostamente trauduzido do grego original) no qual se encontra um texto que parece corresponder ao Evangelho de Judas mencionado na literatura cristã primitiva. Em 2006 a organização National Geographic Society fez público seu trabalho de restauração e tradução do manuscrito. Também nesse mesmo ano elaborou um documentário "The Gospel of Judas" (O Evangelho de Judas).

   No texto é feita uma valorização positiva a cerca do apóstolo Judas Iscariotes, o qual nos 4 evangelhos canônicos (Marcos, Mateus, Lucas e João) é considerado como um traidor de Jesus. Segundo este evangelho gnóstico, Judas foi seu discípilo favorito, e se entregou seu mestre as autoridades romanas foi em cumprimento de um plano feito pelo próprio Jesus.

   Em 2007, após revisar o manuscrito original, a biblista April D. DeConick, professora da Rice University (EUA), desmente essa interpretação, que segundo ela, se baseia em uma interpretação mal feita.


O DESCOBRIMENTO

   A primeira referência moderna conhecida a respeito deste texto é de 1983, quando alguém propôs sua compra à Universidade Metodista do Sul e o especialista Stephen Emmel pode examiná-lo brevemente junto com outros manuscritos. Acredita-se que alguns camponeses egípcios da localidade de El Minya (cerca de 225km ao sul do Cairo) o descobriram em 1978.
O texto esteve guardado em um banco em Nova York desde 1984. Em 2002 foi adquirido pela Maecenas Foundation for Ancient Art, com sede em Basiléia, Suiça, e dirigida pelo advogado Mario Roberti. Esta fundação contratou a National Geographic Society para que restaurasse, datasse e traduzisse o manuscrito. Segundo o vice-presidente da instituição, Terry Garcia, o códice estava muito deteriorado e por pouco não havia virado pó.

   O professor Rudolf Kasser, da Universidade de Genebra, fez pública a existência do texto em uma conferência em Paris, em julho de 2004. No ano seguinte um portavoz da Maecenas Foundation anunciou sua tradução iminente ao inglês, francês e alemão.


O CONTEÚDO

   O texto do Evangelho de Judas é um relato de mais ou menos 250 linhas, que se encontra em um códice de 66 páginas, mais de um terço do qual é legível. Está escrito no dialeto sahídico do idioma cóptico, que é uma tradução do grego original. Mediante vários métodos, entre eles o do Carbono-14, o códice foi datado entre os anos 220 e 340.

   O papiro se encontra deteriorado: algumas partes do texto foram perdidas e outras se conservam apenas fragmentariamente. 26 das 66 páginas correspondem ao Evangelho de Judas. A parte que pôde ser traduzida começa indicando que se trata de revelações que Jesus fez a Judas Iscariotes, em conversas particulares, 3 dias antes da páscoa. Escrito em terceira pessoa, o texto é um diálogo entre Jesus e seus discípulos, especialmente Judas, que aparece como seu discípulo favorito. Segundo este evangelho, Judas entregou seu mestre aos romanos seguindo ordens do próprio Jesus, que profetizou: "Tu serás o decimoterceiro, e serás maldito por gerações, e virá para reinar sobre eles." (página 47 do manuscrito).

   O Jesus que é apresentado neste evangelho é casual, ri com frequência dos mal-entendidos dos demais discípulos e sua devoção superficial. A inversão da relação tradicional entre Jesus e Judas que é mostrada no texto é que Jesus lhe seria agradecido e o elogia: "Tu superarás a todos eles. Porque tu sacrificarás o homem que me cobre (...) A estrela que indica o caminho és tua estrela"

   Ao final, Judas "recebeu algum dinheiro e o entregou a eles". Jesus o agradece, já que prepara o momento em que ele (Jesus) ficará livre do corpo, o que lhe permite regressar ao "reino grande e ilimitado".

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quinta-feira, 3 de março de 2011

O Anjo Metatron


   No judaísmo místico, em alguns ramos do cristianismo, e especialmente na Cabala, Metatron (ou Metraton) é o anjo supremo, mais poderoso até mesmo do que Miguel. Seu nome significa "Mais Próximo do Trono", também é conhecido como o Príncipe do Rosto Divino, o Anjo do Pacto, o Rei dos Anjos e o Anjo da Morte. 


   É mencionado em algumas passagens do Talmude, como escrivão Divino, e é uma figura muito comum em textos pós-bíblicos e ocultistas, que lhe atribuem a invenção do Tarot.
Porém não há nenhuma referência sobre ele no Tanakh (o Antigo Testamento dos cristãos) e nem no Novo Testamento.


   A palavra Metatron é numericamente equivalente a El Shaddai (Deus) em hebraico gematria, portanto, é dito que ele tem um "nome como o seu Mestre".  Não há, porém, um consenso em torno de sua origem ou do rol que representa na hierarquia do céu e inferno.

   Na visão talmúdica, Metatron é uma figura misteriosa chamada de "YHWH (Deus) menor". O Talmude também registra um incidente com o rabino Elisha Ben Abuya (nascido por volta do ano 70 d.C.), também chamado de Aher ("outro"), de quem se dizia que havia entrado no Paraíso e visto Metatron sentado (Uma posição que no Céu só é tida por Deus). Por isso Elisha considerou que Metatron era uma divindade, dizendo; "Realmente há dois poderes no Céu". Muitos rabinos explicam que a Metatron foi permitido sentar-se devido a sua função como escrivão celestial, o qual registra todos os atos de Israel.


   De acordo com uma doutrina judaica, Enoque foi levado por Deus, de acordo com o relato de Gênesis: “E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas. E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou”. Este pequeno trecho sugere que Deus o transformou em Metatron, embora esta opinião não seja compartilhada por muitas autoridades talmúdicas.
 

   Outra idéia é que exista dois Metatrons, o primeiro seria o Metatron primordial e o segundo seria Enoque.

   O Zohar cita Metatron como "o jovem" e o identifica como o anjo que guiou o povo de Israel no deserto e o descreve como um sacerdote celestial.
De acordo com o orientalista Johan Eisenmenger, Metatron é o que transmite as ordens de Deus aos anjos Gabriel e Rafael.

   Devido a seu caráter misterioso, e a ligação com o Livro de Enoque. A figura de Metatron recebeu um forte sincretismo, sendo frequentemente associada ao exoterismo e a mitologia. Sua figura é descrita por adeptos do cristianismo místico como o mais alto dos anjos tendo de 2,5 à 4 metros, e uma figura bastante imponente,com 72 asas, em 12 pares de 6, e um número incontável de olhos, dos quais precisa para executar sua enorme e vasta tarefa de velar pelo mundo inteiro. Nesse sentido, o anjo é tido como guardião universal e mantenedor do Universo.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Azazel, O Deus-Bode



   De acordo com o livro de Enoque, Azazel (ou Azazael) é um dos 200 anjos que se rebelaram contra Deus. Nos escritos apocalípticos é o poder do mal cósmico, identificado pelos impulsos dos homens maus e da morte. Eles teriam vindo à Terra, para esposar os humanos e criar uma raça de gigantes. O Livro das Revelações, de Abraão, descreve-o como uma criatura impura e com asas. É identificado como a serpente que tentou Eva e que poderia ser o pai de Caim . No século II os búlgaros bogomilianos concordavam que Satanael teria seduzido Eva e que ele, não Adão, era o pai de Caim . A maioria dos bogomilianos foi queimada viva pelo imperador bizantino Alexis.

   O nome de Azazel (como poder sobrenatural) significa "deus-bode". Na demonologia mulçumana, Azazel é a contraparte do demônio que refusou a adorar Adão ou reconhecer a supremacia de Deus. Seu nome foi mudado para Iblis (Eblis), que significa "desespero". Em Paraíso Perdido (I, 534), Milton usa o nome para o porta bandeiras dos anjos rebeldes.

   Azazel é assim o destino do bode expiatório que carregava os pecados de Israel para o deserto no Iom Kipur (Lev. 16). Dois bodes idênticos eram selecionados para o ritual. Um era escolhido, por sorteio, como oferenda a Deus, e o outro era enviado para Azazel, no deserto, para ser lançado de um penhasco. O sumo sacerdote recitava para o povo uma confissão de pecados sobre a cabeça do bode expiatório, e uma linha escarlate era enrolada, parte em volta de seus chifres, parte em volta de uma rocha no topo do penhasco. Quando o bode caía, a linha tornava-se branca, indicando que os pecados do povo haviam sido perdoados. Embora a palavra Azazel possa se referia a um lugar, ou ao bode, também foi explicada como sendo o nome de um demônio. Os pecados de Israel estariam, pois, sendo devolvidos à sua fonte de impureza. Os cabalistas viam no bode um suborno às forças do mal, para que Satã não acusasse Israel e, ao contrário, falasse em sua defesa. Azazel é também o nome de um anjo caído.
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Leia também:

* Belial, o antecessor de Miguel

Skull & Bones

   A Ordem Skull and Bones (“Caveira e Ossos”) é uma sociedade secreta estudantil dos Estados Unidos da América, que foi fundada em 1832 e introduzida na Universidade de Yale por William Huntington Russell e Alphonso Taft em 1833. Para serem aceitos, os candidatos tem que pertencer a alta aristocracia americana, ser branco e protestante, o que torna a sociedade secreta algo extremamente restrita a pouquíssimas pessoas. Além disso, seus membros tem como lema da entidade “Por Deus, pela Pátria, e por Yale”, o que nos faz perceber a adoração que eles tem pela Universidade de Yale, por se tratar do berço de suas Ordem, a colocando em destaque ao lado de Deus, e da sua Pátria.

   Os rumores são de que tudo aconteceu quando Russel em 1831 e 1832 foi estudar na Alemanha, e foi justamente lá que ele deve ter tido contato e iniciado em uma sociedade secreta alemã, assim buscou inspiração para criar e fundar a “Skull and Bones”. Essa hipótese posteriormente veio a ser confirmada durante algumas obras que foram realizadas no salão de convenção da Skull and Bones. Nessa ocasião foi encontrado um certo material que se refere a tal ordem como uma ramificação da ordem secreta alemã Illuminati. Essa sociedade foi tomada como ilegal pela anunciação de uma lei do governo da Bavária em 1785, continuando sim a existir, porém agora na clandestinidade.

   Há uma hipótese da ligação dos Skull and Bones com a CIA (Agencia Central de Inteligencia dos Estados Unidos), com os Illuminatis, Bilderbergs e até mesmo com a Maçonaria. Tais teorias foram a base, e expostas, no filme The Skulls, que aborda uma sociedade altamente secreta e sofisticada, fazendo uma clara alusão aos Skull and Bones. A Ordem também foi incluída no filme The Good Shepherd (O bom pastor), que conta a historia da criação da CIA, no qual o personagem principal do filme pertence a Ordem.

   Nas eleições para a presidência dos Estados Unidos de 2004, tanto o candidato democrata, quando o candidato republicano assumiram publicamente serem membros da tal Ordem. Na ocasião um candidato era o ex presidente do Estados Unidos George W. Bush, e seu adversário John Kerry. Mas o incrível é que George W. Bush não foi o único de sua família a fazer parte dessa sociedade secreta. Ele ingressou na ordem em 1968, seu pai, o ex presidente George Herbert Bush, ingressou também na Ordem em 1948 e ainda é membro de um comitê dentro da ordem. Já o primeiro da família a ingressar foi o avô Prescott S. Bush que ingressou em 1917.

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Créditos para o site infoescola.com