segunda-feira, 11 de maio de 2009

Yin Yang


O yin e yang é um conceito fundamentado na dualidade de tudo existente no universo segundo a filosofia oriental. Descreve as duas forças fundamentais aparentemente opostas e complementares, que se encontram em todas as coisas.

O yin é o princípio feminino, a terra, a escuridão, a passividade e a absorção. O yang é o princípio masculino, o céu, a luz, a atividade e a penetração.

Segundo esta ideia, cada ser, objeto ou pensamento possui um complemento do que depende para sua existência e que a sua vez existe dentro dele mesmo. Disto se deduz que nada existe em estado puro nem também não em absoluta quietude, e sim em uma contínua transformação.
Estas duas forças, yin e yang, seriam a fase seguinte após o taiji ou Tao, princípio gerador de todas as coisas, do qual surgem.

Este conceito seguramente tem sua origem nas antigas religiões agrárias. Ainda que exista no confucionismo, é especialmente importante dentro do taoísmo. No Dao De Jing só aparece uma vez, mas todo o livro está cheio de exemplos que o explicam. Os hexagramas do I Ching também estão baseados nesta teoria.

Princípios

1. O yin e o yang são opostos. Tudo tem seu oposto, ainda que este não seja absoluto mas é relativo, já que nada é completamente yin nem completamente yang. Por exemplo, o inverno opõe-se ao verão, ainda que em um dia de verão pode fazer frio e vice-versa.

2. O yin e o yang são interdependentes. Não podem existir um sem o outro. Por exemplo, o dia não pode existir sem a noite.

3. O yin e o yang podem subdividirse a sua vez em yin e yang. Todo aspecto yin ou yang pode subdividirse a sua vez em yin e yang indefinidamente. Por exemplo, um objeto pode estar quente ou frio, mas a sua vez o quente pode estar ardente ou temperado e o frio, fresco ou gelado.

4. O yin e o yang consomem-se e geram mutuamente. O yin e o yang formam um equilíbrio dinâmico: quando um aumenta, o outro diminui. O desequilíbrio não é senão algo circunstancial, já que quando um cresce em excesso força o outro a se concentrar, o que ao longo provoca uma nova transformação. Por exemplo, o excesso de vapor nas nuvens (yin) provoca a chuva (yang).

5. O yin e o yang podem transformar-se em seus opostos. A noite transforma-se em dia, o cálido em frio, a vida em morte. No entanto, esta transformação é relativa também. Por exemplo, a noite transforma-se em dia, mas a sua vez coexisten em lados opostos da terra.

6. No yin há yang e no yang há yin. Sempre há um resto da cada um deles no outro, o que implica que o absoluto se transforme em seu contrário. Por exemplo, uma semente enterrada suporta o inverno e renace em primavera.

Graficamente, o conceito costuma-se representar mediante um símbolo denominado taijitu, "diagrama do taiji", que nem sempre se desenhou da mesma maneira. Em sua forma atual mais conhecida, a parte escura, normalmente negra, representa o yin e a parte clara, normalmente branca, o yang. Estas duas partes entrelaçadas denominam-se em chinês peces. A linha que as separa não é reta, mas sim sinuosa, representando o equilíbrio dinâmico entre os dois conceitos e sua contínua transformação. Os pontos de diferente cor simbolizam a presença da cada um dos dois conceitos dentro do outro.
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