segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Édito de Milão

   O Edito de Milão (313), conhecido também como A tolerância do cristianismo, foi um edicto promulgado em Milão que estabeleceu a liberdade de religião no Império Romano, dando fim às perseguições dirigidas pelas autoridades contra certos grupos religiosos, particularmente os cristãos. O édito foi assinado por Constantino I e Licinio, dirigentes dos impérios romanos do Ocidente e Oriente, respectivamente.

   Depois da aprovação, iniciou-se segundo conhece-se pelos historiadores cristãos, a Paz da Igreja.

   Anteriormente, no ano 311 o imperador Galerio tinha emitido na cidade um edito conhecido como o "Edito de Tolerância de Nicomedia". Nele se concedia indulgência aos cristãos e reconhecia sua existência legal e liberdade para celebrar reuniões e construir templos para se Deus.

   Em uma tentativa por reintegrar o império romano, icinio armou-se na contramão de Constantino. Como parte de seu esforço para ganhar a lealdade do exército, Licinio eximou ao exército e os servidores públicos da prática da política de tolerância que impunha o edito, lhes permitindo continuar a perseguição aos cristãos. Como consequência desta ordem, alguns cristãos perderam suas propriedades e até a vida.

   No ano 324 retoma-se a guerra entre ambos impérios. Constantino consegue vencer em 3 de julho desse ano o exército de Licinio na Batalha de Adrianópolis cercando-o dentro das muralhas de Bizancio. Por outro lado, graças à vitória que consegue o primogênito de Constantino, Flavio Julio Crispo, sobre a frota de Licinio, obriga a este a se retirar a Bitinia onde perde seu último posto em 18 de setembro durante a Batalha de Crisópolis. Constantino então ganhou sozinho a posse do império, e ordenou que Licinio fosse internado em Tesalônica, onde tentou se alçar em armas e foi executado por traição.



Consequencias:

   O Édito de Milão não só significou o reconhecimento oficial dos cristãos mas também trouxe como consequência profundas mudanças dentro do Império Romano, bem como o começo da expansão da Igreja. O exercício devolveu aos cristãos seus antigos lugares de reunião e culto, bem como outras propriedades, que tinham sido confiscadas pelas autoridades romanas e vendidas a particulares: “as propriedades terão de ser devolvidas aos cristãos sem exigir pagamento ou recompensa de nenhum tipo, e sem admitir nenhum tipo de fraude ou engano”. Isto deu ao cristianismo (e a qualquer outra religião) um status de legitimidade junto com o paganismo, e efetivamente, depôs o paganismo como a religião oficial do império romano e de seus exércitos.

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