segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Desastre Nuclear de Chernobyl


   Chernobyll era uma vila real do Grande Ducado da Lituânia durante o século XIII, no território ucraniano próximo a Kiev. Concedeu-se-lhe como Feudo pessoal a Filon Kmita, capitão da cavalaria real, em 1566. A província que englobava a Chernobyl foi transferida ao Reino da Polônia em 1569, e depois anexada pelo Império Russo em 1793.

   Desde pouco d'antes do século XX, a cidade estava povoada por serventes rutenos e poloneses, e por uma grande comunidade judia.

   Em 26 de abril de 1986, o quarto reator da Central Nuclear de Chernobyl, explodiu à 1:23 a.m. hora local. Basicamente estava-se experimentando com o reator para comprovar se a inércia das turbinas podia gerar suficiente eletricidade para as bombas de refrigeração em caso de falha (até que arrancassem os geradores diesel). Mas uma sucessão de erros provocou uma enorme subida de potência e uma grande explosão que deixou descoberto o núcleo do reator emitindo uma gigantesca nuvem radiativa para toda Europa. Todos os residentes permanentes da cidade e aqueles que viviam na zona de exclusão foram evacuados devido aos níveis de radiação que ultrapassaram todos os estandares de segurança.

   Uma espécie de "sarcófago" de betão, aço e chumbo foi construída sobre o reator que explodiu a fim de isolar o material radioativo que ali se concentrara. O combustível nuclear chegava a 200 toneladas no núcleo do reator em uma espécie de magma radioativo.

   É considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido.

   Nos territórios contaminados, foram retiradas aproximadamente 200 mil m² de granito; 2500 km de estradas foram asfaltados e alguns vilarejos foram destruídos e soterrados. Mesmo assim, não foi possível a reocupação de todas as áreas que foram contaminadas. 
5 milhões de hectares de terras foram inutilizados, e houve contaminação significativa de florestas.

   Apenas 5 trabalhadores da usina sobreviveram ao acidente, sendo que alguns estão vivos até hoje. O acidente de Chernobyl teve 100 vezes mais radiação do que a bomba atômica de Hiroshima no Japão, após a Segunda Guerra Mundial.

   O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria nuclear soviética, diminuindo sua expansão por muitos anos, e forçando o governo soviético a ser menos secreto. Os agora separados países de Rússia, Ucrânia e Bielorrússia têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobyl. 

   É difícil dizer com precisão o número de mortos causados pelos eventos de Chernobyl, devido às mortes esperadas por câncer, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da Organização das Nações Unidas de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com câncer da tireoide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente.
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2 comentários:

  1. Isto foi muito mau, eu quero dizer que os 5 trabalhadores que sobreviveram são os heróis de Chernobyl

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